27 de abr. de 2010

Autonomia, debate e respeito.

Ontem, numa conversa entre amigos que mais tarde se transformara em um debate fervoroso entre o conformismo e a vontade de fazer diferença, percebi uma coisa. Muitas pessoas têm opiniões bonitas e otimistas, mas não fazem nada para mudar a triste realidade a sua volta. E este mundo cruel, ganancioso e egoísta não está muito longe de nós.


Muitas pessoas enxergam a realidade quando ligam a TV e assistem a um telejornal. Outras, só precisam olhar pela janela de sua própria casa, para se depararem no meio de uma guerra. E nós, assistimos a isso tudo e comentamos: “Que absurdo, o mundo está mesmo perdido, vou até mudar de canal”. Outros ficam verdadeiramente indignados, mas continuam apáticos, de braços cruzados, reclamando e esperando que alguém faça alguma coisa, como sempre.


 
Sem dúvida nenhuma, um passo importante para a mudança é o questionamento, outro é o debate. Seguidamente, mas nem sempre, vem a vontade de FAZER A DIFERENÇA e FAZER VALER A PENA a sua existência no mundo.

Se você já sentiu o desejo de arregaçar as mangas, não volte atrás, não se conforme com o que você está vendo. Tem sempre alguém precisando de você.

Uma das pessoas que participava desta conversa que citei no início do texto usou de total autonomia (opinião própria) para expressar-se, e claro sempre com respeito e pronta a escutar o que o outro tem a dizer e porque pensa daquele jeito. A outra, apesar de dotada de uma boa oratória e personalidade, fixava o seu pensamento no “senso comum” e achava loucura o que o seu colega dizia, cada vez que o ouvia concluir uma frase, o olhar era de insolência e perplexidade.

Houve um momento, em que a segunda pessoa disse que não há solução para os problemas da sociedade, pois o problema é a sociedade. Este, para mim é o primeiro passo para fazermos jus a nossa insignificância. Precisamos ACREDITAR que podemos MUDAR. Nem que seja pouco, o pouco faz muita diferença e serve de exemplo para outras pessoas.

O negócio é o seguinte... Não posso mudar o mundo, mas estou muito afim disso. Sou como aquele beija flor, que não consegue ficar parado perante um incêndio florestal. Vou levando a água no meu bico e fazendo a minha parte, cumprindo o meu dever. Os outros podem rir, me chamar de louca, mas eu quero ser útil, e vou.

Para isso, comece analisando o seu comportamento, livre-se de seus preconceitos, explique para aquele mendigo porque não pode ajuda-lo, pare de olhar para o outro como se o mesmo fosse um cão sarnento. Cada pessoa tem a sua história. Sente, converse com ela e saberá.
 
Anny Caroline.

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