A França anunciou neste domingo (18) a reabertura do tráfego aéreo
comercial em vários aeroportos do sul do país, entre eles os de Nice e
Marselha, mas mantém fechados os de Paris devido à nuvem de cinzas
procedente de um vulcão na Islândia.
A Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) confirmou que os voos comerciais poderão operar ao sul de uma linha imaginária entre as cidades de Bordeaux e Marselha.
A Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) confirmou que os voos comerciais poderão operar ao sul de uma linha imaginária entre as cidades de Bordeaux e Marselha.
A decisão afeta, entre outros, os aeroportos de Toulouse, Montpellier, Pau, Tarbes, Biarritz, Ajaccio e Bastia, que ficarão abertos pelo menos até a segunda-feira. Os aeroportos de Bordeaux, Nice e Marselha também estão funcionando, segundo a DGAC.
A Alemanha também levantou neste domingo o bloqueio de seis
aeroportos do país para os voos em direção ao leste. Um porta-voz do
departamento alemão de segurança aérea confirmou à agência de notícias
local "DPA" que está autorizada a operação, até as 20h deste domingo,
de voos para o leste a partir dos aeroportos de Berlin-Schoenefeld,
Berlin-Tegel, Erfurt, Leipzig e Hannover. No aeroporto de Frankfurt, o
maior do país, voos em direção ao norte foram autorizados até as 20h.
O centro de controle do Reino Unido (Nats), porém, ampliou até as 7h (3h) de segunda-feira o fechamento do espaço aéreo.
Os aeroportos espanhóis que tinham sido fechados no início do dia
reataram suas operações às 15h30 (10h30 de Brasília). Os aeroportos são
os de Barcelona, Girona, Reus, Sabadell, Palma de Mallorca, Menorca,
San Bonet, Astúrias, Santander, Bilbao, San Sebastián, Vitoria,
Pamplona, Logroño, Huesca e Zaragoza.
Segundo a estação de observação de Payerne, na Suíça, a nuvem de
cinzas caiu durante a noite passada cerca de 2 mil metros de altitude e
está menos espessa.
De acordo com a Agência Europeia para a Segurança na Navegação
Aérea (Eurocontrol), o espaço aéreo europeu continua fechado em 20
países: Áustria, Bélgica, Croácia, República Tcheca, Dinamarca,
Estônia, Finlândia, Hungria, Irlanda,Holanda, Noruega, Polônia,
Romênia, Sérvia, Eslovênia, Eslováquia, Suécia, Suíça, Ucrânia e no
Reino Unido.
O número de voos cancelados desde a última quinta-feira (15) por
conta da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, deve chegar
a mais de 63 mil neste domingo, segundo a Eurocontrol. Só neste
domingo, a previsão é que mais de 20 mil voos sejam cancelados, de um
total de 24 mil previstos.
Vulcão
A erupção do vulcão lançou no ar uma nuvem composta por partículas de vidro, areia e rocha. Especialistas acreditam que as cinzas expelidas pelo vulcão podem danificar seriamente os aviões, entupindo as turbinas e fazendo com que os motores parem de funcionar em pleno ar.
Segundo o glaciologista britânico Matthew Roberts, que trabalha no
serviço de meteorologia da Islândia, o vulcão já está produzindo menos
cinzas. De acordo com ele, porém, ainda há cinzas vulcânicas na
atmosfera, além de um efeito retardado entre a emissão do material pelo
vulcão e as cinzas flutuando para o espaço aéreo europeu.
Além disso, meteorologistas afirmam que as condições meteorológicas
continuam não colaborando para dissipar a nuvem. Os especialistas
afirmam ser necessária uma mudança no sentido do vento para reverter a
situação.
Empresas questionam
A principal associação de aeroportos e companhias aéreas da Europa pediu neste domingo uma revisão das restrições que têm mantido a maior parte do espaço aéreo fechado devido a nuvens de cinzas vulcânicas que vêm da Islândia.
"Apesar das companhias e aeroportos da Europa considerarem
segurança uma prioridade absoluta, eles estão questionando a
proporcionalidade das atuais restrições a voos impostas", afirmou a ACI
Europa em comunicado.
"A erupção do vulcão na Islândia não é um evento sem precedentes, e
os procedimentos aplicados em outras partes do mundo para erupções
vulcânicas não parecem requerer essas restrições que estão sendo
impostas na Europa", afirmou a nota.
Com informações da EFE, da Reuters e da France Presse
Creditos: Globo.com/g1
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